Ira

Três dias sem ver a luz do dia já fazem de mim uma besta sem piedade. A lua me persegue. Não a vejo, sinto. Sinto que minha pele muda. Meus pelos crescem. Minha audição, mais sensível, identifica críticas. Meus olhos só focam o inimigo. Me preparo para dar o bote. Dou. O gosto de sangue me deixa mais voraz. Dilacero a presa com destreza e por fim, acordo culpado. Não fiz nada que meus instintos mandaram e ainda fico com a culpa de um animal sentimental.

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