Postagens

Mostrando postagens de junho, 2011

sexo

é bom, ruim, estranho e poderoso

Não basta

Se eu vejo um carro igual ao seu, já prendo a respiração. Se lembro de um momento bom, logo lembro que você o estragou em seguida. Por que será que gosto de você? Será pela sua bunda? Ou o medo da solidão? O azar ou a preguiça? Ou ainda suas más atitudes? Já não sei mais. Já não gosto mais. Sabe quando você encosta em alguém, pega na mão e sente uma energia? Sabe quando essa energia, sozinha, já não é mais suficiente? Sabe quando você quer apagar alguém, sem deixar o mínimo traço? Sabe? A programação da TV no domingo é a minha tortura. A solidão das noites, meu açoite. Um cigarro a mais, mais um punhado de terra, gosto menos de você. O que me consola é que sua cama, em algum momento, fica vazia. O que me entristece é que a minha também. Respeito não sai de moda. Moda não exige respeito. Não respeite a moda. Fútil e sem vergonha. Inútil e inexperiente. Forte e falso. Magro e transparente. Leve e condenado. Gordo e che

Narcisista

... gosto do meu jeito quando estou contigo desperto com teu olhar você traz a tona o que há de melhor em mim gosto de mim assim, junto de ti ... a saudade que que sinto é fruto do sentimento que exalo quando não está por perto ... o que tu és então? um catalizador um espelho ou nada

Diálogo dos amantes

- Você já amou? Amar de verdade, só pela beleza do gesto? - Sim, eu já amei. Pela beleza do gesto. - Você já mordeu? A maça com todos os dentes? Pelo sabor do fruto, pela doçura e o pelo gosto? - Também, mas a maça era dura, e quebrei os dentes. Essas paixões rápidas, imaturas. - Mas o beijo maduro apodrece-nos a língua. - Ao querer amar, pela beleza do gesto, o verme da maça nos escorrega entre os dentes, rói o coração, o cérebro e o resto. Esvazia-nos lentamente. - Mas quando ousamos amar, pela beleza do gesto, esse verme da maçã, que escorrega entre os dentes, toca-nos o coração, o cérebro e deixa o seu perfume lá dentro. (quote les chances d'amour)

umbigo

Carlos, the bot Acordar, comer, trabalhar, magoar, amar, esperar e comprar. Tudo isso, Carlos fazia com um certo gosto. Fazia tudo o que deveria e o que não, com amor à vida e a todos os sentimentos e sensações que tinha. Carlos parecia saber onde ia, mas estava perdido. Não pertencia a nada.