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Mostrando postagens de dezembro, 2011
Nas nossas duas sinas tão contrárias Um pelo outro somos ignorados: Sou filha de regiões imaginárias, Tu pisas mundos firmes já pisados. Trago no olhar visões extraordinárias De coisas que abracei de olhos fechados… Em mim não trago nada, como os párias… Só tenho os astros, como os deserdados… E das riquezas e de ti Nada me deste e eu nada recebi, Nem o beijo que passa e que consola. E o meu corpo, minh’alma e coração Tudo em risos pousei na tua mão!… …Ah! como é bom um pobre dar esmolas!… (Florbela Espanca)