As escuras – teste de compatibilidade
*.patrícia
*glauco
*.patrícia
*glauco
Quando vira o mundo para o que já foi e não mais vai voltar;
Para onde a estrela correu descalça?
Aí é a hora em que eu pergunto: que canção é essa de nervos e sangue?
Ninguém sabe a dimensão de um copo vazio;
De dois tons escuros, esfumaçados de nuvens passageiras – mortas;
Um dia, os nossos cérebros vão estourar de tanto pedir desculpas;
Virgulas – eu preciso – para me livrar dos pontos finais que me tentam;
Aprendeu a caminhar, porque o peso dos pecados a derrubou do céu;
Dos bons momentos que passo pensando se são supérfluos tanto quanto não parecem ser;
A dor do crescer sem memória, de nada lembrar, nada;
Nesse silêncio em que passo escrevendo cartas à quem espera, ao meu lado, apenas que eu fale;
Será que é tarde para escrever um diário? Acho que sim. Cada dia que passo dormindo, me lembra as noites que passei acordado;
Sem as crianças que chegam avisando que eu já envelheci;
O dicionário me disse uma vez: Dormir: fugir da vida, correr para o sonho;
Eu não queria escrever isso, eu não queria escrever isso - eu não queria escrever mais nada, mas...
Mas que raios de pressão é essa? Ah sim, preciso afrouxar o cadarço;
Lisérgico tanto, que mudam a cor da luz das idéias vindas das bitucas dos cigarros;
Eu nunca tive um cavalo marinho, nunca quis um. Mas queria ter vontade de consumir um cavalo marinho. Sem folhas ou pernas, só com uma calda de chocolate;
Não lembro, contudo, de mais nada disso – das palavras que eu uso, das andaças que já me cansaram, sem que eu tenha saído do lugar;
Me falta coragem. Comer o cavalo, tudo bem, agora, isso!? Isso não;
Perdendo os segredos que nunca imaginei ter. E, contando mentiras que já pensei em acreditar;
Te desafio. A lâmpada é bonita, mas duvido que você bata de cabeça. Eu sim, olha!
Com sede de espaço e fome de tempo;
Comi o peixe, criei um galo na testa e usei tênis da moda. Te impressionei?
Coisas que eu não gosto mais de brincar;
Qual o valor de um papel em branco? E se ele for em verde?
Sabe, há tempos já não quero mais fingir que é tarde;
O meu braço já está dormente, larga da minha mão. Chama um táxi;
Porque viver é como ser um alcoólatra: bebidas – porre- ressaca – bebidas – porre – ressaca;
Nessas horas, o melhor é um martini. Nesses copos, o melhor é engatinhar e, chorar;
E por que essa droga de cadeira é revestida de azul? Por que dizer que é tarde de mais?
Falar por falar, escrever por escrever. Compartilho minha ignorância, porque é só o que tenho/posso/quero ofertar;
Sem animais dessa vz. Os instintos já não são desculpas aceitáveis – são apenas desculpas;
A maré trouxe a garrafa. Se o marinheiro cansou de beber, porque não aplaudir quem teve coragem de contar/pedir/implorar por perdão. Não esqueça. O fim está logo aqui;
Pare de me olhar. A questão é muito mais de fuga que de resistência. Pensaria melhor sobre isso se conseguisse;
Quando acabar, eu viro a folha. E depois eu uso a verde. É o suficiente? Me desculpe;
Verde é a cor desses pensamentos côncavos. Um mistério ambiental que eu faço questão de confundir, e não preservar;
Perdão... ai minha cabeça! Plot.
*glauco
*.patrícia
*glauco
Quando vira o mundo para o que já foi e não mais vai voltar;
Para onde a estrela correu descalça?
Aí é a hora em que eu pergunto: que canção é essa de nervos e sangue?
Ninguém sabe a dimensão de um copo vazio;
De dois tons escuros, esfumaçados de nuvens passageiras – mortas;
Um dia, os nossos cérebros vão estourar de tanto pedir desculpas;
Virgulas – eu preciso – para me livrar dos pontos finais que me tentam;
Aprendeu a caminhar, porque o peso dos pecados a derrubou do céu;
Dos bons momentos que passo pensando se são supérfluos tanto quanto não parecem ser;
A dor do crescer sem memória, de nada lembrar, nada;
Nesse silêncio em que passo escrevendo cartas à quem espera, ao meu lado, apenas que eu fale;
Será que é tarde para escrever um diário? Acho que sim. Cada dia que passo dormindo, me lembra as noites que passei acordado;
Sem as crianças que chegam avisando que eu já envelheci;
O dicionário me disse uma vez: Dormir: fugir da vida, correr para o sonho;
Eu não queria escrever isso, eu não queria escrever isso - eu não queria escrever mais nada, mas...
Mas que raios de pressão é essa? Ah sim, preciso afrouxar o cadarço;
Lisérgico tanto, que mudam a cor da luz das idéias vindas das bitucas dos cigarros;
Eu nunca tive um cavalo marinho, nunca quis um. Mas queria ter vontade de consumir um cavalo marinho. Sem folhas ou pernas, só com uma calda de chocolate;
Não lembro, contudo, de mais nada disso – das palavras que eu uso, das andaças que já me cansaram, sem que eu tenha saído do lugar;
Me falta coragem. Comer o cavalo, tudo bem, agora, isso!? Isso não;
Perdendo os segredos que nunca imaginei ter. E, contando mentiras que já pensei em acreditar;
Te desafio. A lâmpada é bonita, mas duvido que você bata de cabeça. Eu sim, olha!
Com sede de espaço e fome de tempo;
Comi o peixe, criei um galo na testa e usei tênis da moda. Te impressionei?
Coisas que eu não gosto mais de brincar;
Qual o valor de um papel em branco? E se ele for em verde?
Sabe, há tempos já não quero mais fingir que é tarde;
O meu braço já está dormente, larga da minha mão. Chama um táxi;
Porque viver é como ser um alcoólatra: bebidas – porre- ressaca – bebidas – porre – ressaca;
Nessas horas, o melhor é um martini. Nesses copos, o melhor é engatinhar e, chorar;
E por que essa droga de cadeira é revestida de azul? Por que dizer que é tarde de mais?
Falar por falar, escrever por escrever. Compartilho minha ignorância, porque é só o que tenho/posso/quero ofertar;
Sem animais dessa vz. Os instintos já não são desculpas aceitáveis – são apenas desculpas;
A maré trouxe a garrafa. Se o marinheiro cansou de beber, porque não aplaudir quem teve coragem de contar/pedir/implorar por perdão. Não esqueça. O fim está logo aqui;
Pare de me olhar. A questão é muito mais de fuga que de resistência. Pensaria melhor sobre isso se conseguisse;
Quando acabar, eu viro a folha. E depois eu uso a verde. É o suficiente? Me desculpe;
Verde é a cor desses pensamentos côncavos. Um mistério ambiental que eu faço questão de confundir, e não preservar;
Perdão... ai minha cabeça! Plot.
Comentários
foi o vício.
o vício, com sua mão esquerda.
o instante da negação que pintou as idéias de verde, como um baita cocô de passarinho.
eu não sei viver sem você.
é como se faltasse desodorante no sovaco.
te amo**