Editorial “Tempo, esse devorador de coisas”



Já dizia o poeta Ovídio, o tempo apaga tudo. E a atual situação dos agricultores do oeste é uma mera questão de “tempo”, nos dois sentidos da palavra: meteorológico e cronológico. É fato notório que nos últimos 12 anos, o oeste de Santa Catarina foi atingido por oito estiagens. Quis o “tempo” que não chovesse e quis o outro “tempo” que nos esquecêssemos do que já havia acontecido. 
Uma portaria do Governo Federal prevê uma linha de crédito de R$ 12 mil para cada família nordestina atingida pela seca, com 1% de juro e até 10 anos para o pagamento. Porque não ampliar essa portaria? Quem precisa mais? Uma questão geográfica e histórica talvez aponte para o nordeste, mas o sul responde, pela voz dos agricultores: “Somos as mãos que alimentam o Brasil”. 
Agora a situação de emergência pede urgência. Urgência de recursos para minimizar os efeitos da pior estiagem já vista pelo Estado e para planejar uma melhor maneira de sobreviver às próximas. E é preciso resolver agora, porque depois, será tarde de mais e o tempo, não perdoa, devora.



Capa do jornal Voz do Oeste de 24/05

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